Para escrever aqui é preciso ter despejado baldes de palavras noutro lado qualquer. Caso contrário, obriga-se pessoas que, coitadas, não têm culpa nenhuma de deficiências do hipotálamo ou de disfunções hormonais alheias, a beberem uma série de confissões católicas sempre adiadas.
Por tudo isto, vou ali escrever e já venho.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
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4 comentários:
LOL. Perdi-me intelctualmente falando na parte do hipotálamo pois eu não percebo nada de raízes de carvalho (lol).
Vai filha, mas volta senão perdes-te...
Se o sal que trazemos do mar nunca nos saisse do corpo!Entranhavam-se, a areia e o sal, até ser inverno, gelado. E se o sol nos tivesse tostado,e a areia e o sal se deixassem ficar, até a neve chegar. Ardidos, a areia, o sal e o vento, que nunca é o mesmo, e sempre que batesse, nessa crosta morta de tanta vida, lá ficasse, adormecido e atento, até ser mesmo noite, mesmo inverno.
Imagina que palavras diria a rocha que me serve de pele (mesmo que as pudesses ouvir sem sucumbir, nunca tas diria!)
Vem sentar-te no baloiço e ver as folhas a mudarem de cor, quando vier o inverno, sentirás apenas a leve brisa que todos derruba.
Fico à espera do teu insulto...
Sento-me no baloiço, aceito ver as folhas a mudarem de cor talvez até ser inverno. Não tenho pressa. E tu, aceitas ter nome para que eu possa chamar-te? Ou preferes uma dança maluca da velha no Braço? arrisquei...
Acusaram-me de Borrego e eu transmutei-me. Qual Senhor do Baloiço, orgulhosamente concomitante desta nova identidade, fui balindo até o sol se pôr, de casco enternecido.
Mas (malvado mas...) cascas tão duras ao ponto da abnegação do silêncio "(...) nunca tas diria!" fazer do rochedo uma componente já navegante ao sabor da minha corrente, tão minha como o meu próprio ADN, para mim, é parvoíce. Não me interpreteis mal, não creio num silêncio sempre em vão: não repito o erro de um Ricardo e de uma Lídia ( http://anomalias.weblog.com.pt/arquivo/004408.html ) mas se não disser hoje, digo amanhã ( http://www.pessoa.art.br/?p=389 ).
Assim sendo: sentar no baloiço é para velhos (o balançar aí é emprestado pelo baloiço, não há vitalidade para mais - que se aguarde a brisa [do tempo] que já tarda em derrubar); Mas enquanto o sangue ainda jorrar quente e fervido, Aristóteles vencerá sempre até que o cotão Platónico aspirante à salvação se aloje: até lá, o baloiço não é para sentar, é para sentir... Não aguarda o derrube, é derrubado.
Aguardo um afagamento de lã...
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